top of page

TCC: TERAPIA COGNITIVA E HISTORICIDADE

  • Foto do escritor: Monique Veloso
    Monique Veloso
  • 6 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Na década de 1970, em torno de meios cientificistas, surge um movimento

questionador da eficácia das abordagens psicanalíticas que até 1960 imperavam em

absoluto tanto na psicologia clínica como no âmbito psiquiátrico nos Estados Unidos

(RANGÉ, B, 2011).


Nos anos 90 o movimento cognitivo tornou-se vasto apresentando mais de 20

tipos diferentes de modelos, podendo ser dividido em duas diretrizes epistemológicas

básicas: o grupo objetivista, racionalistas, podendo ser citado os trabalhos de Aaron

Beck, a Terapia Racional Emotiva por Albert Ellis (1962), os

construtivistas, Vittorio Guidano com a terapia cognitiva pós-racionalista e Oscar

Gonçalves com a terapia cognitiva narrativa (BECK. S. JUDIT, 1997).


Aaron Beck entre 1959 e 1979, até então psicanalista, professor e pesquisador

da Universidade da Filadélfia elaborou os fundamentos que mais tarde formariam a

chamada terapia cognitiva “beckiniana”, forjados principalmente em trabalhos

realizados por Beck em grupo de pacientes inseridos em um quadro depressivo.


Beck endereça seu objeto de estudo para o processo psicológico central dos transtornos

depressivos se utilizando dos sonhos a fim de detectar as diferenças estruturais em

pacientes adoecidos e não adoecidos. Seu objetivo era testar os conteúdos sobre raiva

internalizada e quais processos estariam de forma central envolvidos no adoecimento

na depressão, contudo não atingindo enquanto resultados as evidências necessárias

(1959) (RANGÉ, B, 2011).


Beck em 1979, elaborou outro experimento enquanto hipótese alternativa,

relacionando o estado depressivo a tendência do sujeito ao sofrimento, ou

masoquismo. O trabalho transcorreu em um grupo controle e teste, sendo o objeto de

estudo: o sonho, enquanto resultado foi observado diferenças significativas no que se

refere a quantidade de sonhos com temas masoquistas frente ao grupo teste (RANGÉ,

B, 2011)


O aprofundamento das observações levou a constatação que além da ampla

incidência de conteúdos masoquistas nos sonhos de pacientes com quadros

deprimidos foi observado o comportamento de manutenção constante de um estado de alerta, trazendo a hipótese que a incidência do acometimento estava para além do estudo dos sonhos, mas com presença significativa nos pacientes despertos, tanto no âmbito cognitivo, quanto no âmbito comportamental (RANGÉ, B, 2011).


A esse estudo foi atribuído as primeiras evidências de padrões cognitivos, os

primeiros conceitos de estruturas cognitivas, distorções de pensamento e sua influência

nos quadros de adoecimento psíquicos.


Monique Veloso

Posts recentes

Ver tudo
TCC : O MODELO COGNITIVO

A terapia cognitivo comportamental proposta por Beck, baseia-se em uma abordagem breve e educativa onde ...

 
 
 

Comentários


Formulário de inscrição

Obrigado(a)

Avenida João Cabral de Mello Neto, 850, bloco 2. Edifício CEO Corporate. Barra da Tijuca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Instagram
  • LinkedIn
  • Facebook

©2020 por Monique Veloso. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page